A campanha realizada no Brasil desde 2015, ganhou força em Santa Catarina com a aprovação do Projeto de Lei 62/2018
Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. A campanha Setembro Amarelo, realizada no Brasil desde 2015, ganhou força em Santa Catarina este ano com a aprovação do Projeto de Lei 62/2018, que oficializa a campanha e o dia estadual de prevenção ao suicídio no estado. Conforme dados oficiais, Santa Catarina ocupa o segundo lugar nas taxas de óbito dessa natureza no país.
Mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo. Isso representa uma morte a cada 40 segundos. O Brasil é o oitavo país com mais suicídios registrados. Em 2012, foram registrados 11.821 casos, conforme o relatório sobre prevenção ao suicídio da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em setembro de 2015.
A Associação Catarinense de Psiquiatria, com o apoio de outras entidades médicas, desenvolve ações da campanha Setembro Amarelo desde 2015. O movimento visa à conscientização da população sobre a realidade do suicídio. Esclarecer sobre o tema, diminuir o estigma sobre as doenças mentais e encaminhar para tratamento pessoas em risco são ações preventivas estimuladas pela campanha.
Alerta
De acordo com médico psiquiatra Eduardo Pimentel, na maioria dos casos o suicida deu amplos avisos de que alguma coisa não estava bem. “Por isso é importante prestar atenção em mudanças de hábito e isolamento”, alerta. O tratamento da depressão constitui a principal forma de prevenção do suicídio, já que mais de 98% dos casos estão associados à depressão e outros transtornos mentais.
Nos principais grupos de risco estão os homens. Os jovens, de acordo com o psiquiatra, por serem mais impulsivos e menos tolerantes às adversidades, além de maior exposição ao consumo de drogas e alucinógenos. No caso dos adultos e idosos, estresse, doenças crônicas, problemas financeiros, associados à depressão ou transtornos de personalidade, podem levar ao suicídio. Não por acaso, o público masculino também é o que possui maior resistência a procurar ajuda psiquiátrica, por vergonha ou preconceito. “As mulheres procuram tratamento com mais facilidade, elas tentam mais”, observou Pimentel.
“Estima-se que para cada suicídio registrado, outras dez tentativas ocorreram. Por isso é importante conversar sobre suicídio, detectar problemas mentais, quebrar o estigma e o preconceito e procurar ajuda. Médicos, psicólogos e outros profissionais podem fazer o encaminhamento, pois a maioria dos transtornos mentais tem tratamento”, orientou o psiquiatra. Pimentel acrescentou que a psiquiatria conta hoje com uma gama variada de medicamentos modernos e que, em geral, as pessoas em situação de risco precisam apenas de tratamento e de orientação para reorganizar a vida.
Da redação: Lisandrea Costa/Agência AL
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